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Presidente da Caixa não descarta nova oferta de ações para braço de seguridade
Presidente da Caixa não descarta nova oferta de ações para braço de seguridade
Por Adriana Fernandes, Idiana Tomazelli e Nathalia Garcia, Folhapress
23/10/2025 às 14:01
Atualizado em 23/10/2025 às 19:15

Foto: Jose Cruz/Agência Brasil/Arquivo
O presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira, afirmou que o banco quer se aproximar do mercado de capitais e avalia uma nova oferta de ações ("follow-on", no jargão do mercado) da Caixa Seguridade, braço de seguros da instituição.
"Nossa estrutura permite que a gente amplie ações no sentido de trazer o mercado mais para próximo", disse em entrevista ao C-Level, videocast da Folha. Uma oferta de ações seria um dos mecanismos para isso, embora, segundo ele, não haja necessidade imediata de captação, já que o banco tem liquidez.
Vieira afirmou que a Caixa Seguradora, criada em 2015 para reunir todas as atividades da Caixa nos ramos de seguros, capitalização, previdência complementar aberta, consórcios, corretagem e outras atividades afins, teve uma trajetória bem-sucedida no mercado.
"Abrimos capital para o mercado, foi um sucesso absoluto", disse. Para o futuro, ele descarta aquisições. A nova oferta de ações ou "uma medida nesse sentido" seriam os caminhos mais prováveis.
Segundo ele, não seria uma medida imediata, porque a Caixa é o banco brasileiro com melhor Índice de Basileia —indicador que mede a saúde financeira de bancos, relacionando o capital próprio de uma instituição com o risco de suas operações, para avaliar a capacidade do banco de cobrir eventuais perdas.
Vieira citou ainda que a ação da Caixa Seguridade, a CXSE3, tem uma das melhores performances na B3. Em março deste ano, a Caixa vendeu parte de suas ações já existentes para atender às exigências do chamado Novo Mercado da B3, onde são negociados papeis de empresas que adotam, voluntariamente, práticas de governança corporativa adicionais às exigidas pela legislação brasileira.
"A performance da Caixa Seguridade é tão boa que batemos nesses dias recorde de R$ 15,15 por ação, melhora substancial", ressaltou.
Ele informou que a Caixa está adotando medida de modernização da empresa e lançando novos produtos. Entre eles, o de seguro de crédito, que garante seis meses de pagamento de prestação habitacional para quem perdeu o emprego. "Temos outras medidas adicionais [para serem lançadas] do ponto de vista da performance da empresa com outros produtos."
O executivo disse que ressaltou que essa operação foi feita para enquadrar a companhia na exigência da B3 de ter pelo menos 20% das ações em circulação, o chamado free float. "Se isso vier a acontecer de novo, aumento de capital, aumento de reserva, desenquadro... Aí eu faço de novo uma nova ação para enquadramento."
Vieira reforçou no videocast a necessidade de a Caixa expandir o que chama de "principalidade" do cliente. Essa é uma estratégia de instituições financeiras cada vez mais relevante no mercado bancário para se tornarem a "primeira escolha" de um cliente para suas transações e necessidades financeiras.
"Estamos fazendo algumas medidas estruturando a empresa, trazendo mais tecnologia, trazendo mais inovação, melhorando a jornada do cliente. Isso está nítido. Os nossos clientes têm sentido isso com a melhoria dos nossos aplicativos. Essa é a nossa grande medida", afirmou.


