Presidente da Assembleia Legislativa por duas vezes e deputado estadual desde 2007, Adolfo Menezes, do PSD, é conhecido por sua franqueza e pelo estilo direto, sem “papas na língua”. Nesta entrevista exclusiva ao Política Livre, ele demonstra isso mais uma vez ao falar sobre temas como a Operação Overclean e o uso da máquina pública municipais por ex-prefeitos que miram as eleições de 2026.

Na conversa, Adolfo falou ainda sobre temas como a disputa pelas vagas ao Senado dentro da base do governador Jerônimo Rodrigues (PT), o possível rompimento do senador Angelo Coronel (PSD) com o grupo e a relação entre pessedistas e petistas. Para ele, não haverá racha entre os dois maiores partidos que dão sustentação ao governo baiano, mesmo se Coronel migrar para a oposição.

Com mais de 30 anos de vida pública, Adolfo avalia o cenário político da Bahia com o olhar de quem já viu muitos ciclos começarem e terminarem. Ele afirma que “a política é dinâmica” e cita Maquiavel para defender que “os homens devem mudar com os tempos”. Questionado sobre os rumores de que pode deixar a Assembleia para assumir um cargo em tribunal de contas, o deputado desconversa, mas admite que o futuro dependerá das circunstâncias.

Confira abaixo a íntegra da entrevista.

Ao mesmo tempo em que reforçou a candidatura à reeleição, o senador Jaques Wagner (PT) descartou, na semana passada, que haverá racha com o PSD por conta da chapa das eleições do ano que vem. Wagner garantiu que a disputa por espaço entre ele, o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), e o senador Angelo Coronel (PSD) será equacionada. O senhor acredita numa solução sem arranhões?

Acredito. Acho que muita coisa ainda pode acontecer, mas acredito. Na minha opinião, isso será resolvido lá para março do ano que vem, como costuma ocorrer em ano eleitoral. É um bom problema. Temos aí cinco nomes para quatro vagas. Acredito que a única que está garantida é a do governador Jerônimo Rodrigues (PT), o líder atual do nosso grupo. Tem ainda a vaga do vice, que o MDB pleiteia, o que é legítimo. E tem a briga maior pelas duas cadeiras no Senado, que é mais intensa pela importância. Aí temos três nomes para duas cadeiras, como você citou aí. Todos os três têm legitimidade e capacidade para pleitear, evidentemente. Rui foi um excelente governador. Disse que até o final ano decide se vai concorrer ao Senado, o que depende de conversas também com o presidente Lula (PT), afinal o ministro é braço direito do governo federal. Wagner e Coronel são excelentes senadores, e querem a reeleição. Mas alguém vai sobrar. E ser compensado de alguma forma.
<h2>“A direita no Brasil está muito dividida. Tem um monte de candidato a presidente. E eles não se entendem.”</h2>
Coronel sinaliza que se ficar de fora pode migrar para a oposição. Ele tem boas relações com o prefeito de Salvador, Bruno Reis (União), e tem dialogado com forças oposicionistas. O senhor acredita nessa possibilidade?

Ele (Coronel) tem dito isso, sim. Tem manifestado isso. Mas uma coisa é Coronel, que é meu amigo, ir para a oposição, e outra é o partido, o PSD, liderado na Bahia pelo senador Otto Alencar (PSD). Então, quem vai dar a palavra final sobre o posicionamento do partido em 2026 será Otto, e certamente fará isso ouvindo todos os deputados estaduais, federais, os prefeitos, nossas lideranças.

O senhor iria para a oposição se o PSD tomar esse rumo por conta de Coronel?

Veja, como eu disse, quem fala pelo partido é o senador Otto Alencar. Posso falar por mim. Você perguntou sobre mim. Eu não me vejo na oposição. Estou muito bem na base do governador Jerônimo. Tenho muitos amigos na oposição. Bruno também é meu amigo. O irmão dele, Michel Reis, é um dos meus melhores amigos. Mas isso não tem nada a ver com política, com eleição. Estamos bem colocados em campos opostos, e nos respeitamos desse jeito.

Sabemos que o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, defende a candidatura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), à Presidência. Ou seja, o PSD não vai apoiar a reeleição de Lula. Isso pode afetar a aliança da legenda com o PT na Bahia em um cenário em que Coronel fique de fora da chapa?

Eu acho que não. Kassab criou o PSD, mas o partido nasceu aqui na Bahia, com Otto. E Kassab sempre respeitou a autonomia do partido aqui na Bahia. Nunca interferiu nisso. E não acho que vá fazer isso agora, entende? Além disso, a direita no Brasil está muito dividida. Tem um monte de candidato a presidente. E eles não se entendem. E mais: ficam fazendo besteira. Veja aí o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está na nos EUA trabalhando contra o próprio Brasil. Um verdadeiro tiro no pé. O que eu vejo no cenário nacional é o presidente Lula se recuperando, crescendo, enquanto a direita erra, erra e erra.

O Avante também pleiteia um espaço na majoritária de Jerônimo. Acha que tem chances?

Aí então não seriam mais cinco disputando quatro vagas. Vão querer a vice? O Senado? É complicado porque a disputa já é grande. Mas veja que a chapa também tem as suplências. Quem não quer ser primeiro suplente de Rui ou de Wagner? Se Lula estiver forte em 2026, chegar bem na eleição, e se for eleito, pode chamar um dos dois ex-governadores para o ministério. Wagner hoje é líder de Lula no Senado, e Rui já é ministro. Nesse caso, assumiria o suplente. Também é um bom negócio.

O senhor, que está na política há tanto tempo, acredita na possibilidade da adesão do prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo de Carvalho (União), à base de Jerônimo, dentro dessa estratégia do governador e do secretário Adolpho Loyola (Relações Institucionais) de atrair gestores municipais da oposição?

Na política tudo pode acontecer. Eu acho que Zé Ronaldo foi maltratado em 2022 quando não foi chamado para participar da chapa do ex-prefeito ACM Neto (União). E Zé Ronaldo é um homem de valor, que sempre caminhou do lado de lá. É um grande gestor. Não sei se, mesmo que ele não venha para o lado de cá, e ele ainda não declarou nada sobre 2026, se entrará de corpo e alma na campanha da oposição.
<h2>“Não sei se, mesmo que ele (José Ronaldo) não venha para o lado de cá, e ele ainda não declarou nada sobre 2026, se entrará de corpo e alma na campanha de Neto.”</h2>
Alguns deputados colegas seus reclamam que o governador tem tratado melhor novos aliados, a exemplo de prefeitos que estavam na oposição, do que os antigos. Isso tem acontecido?

Comigo não. Mas sei que alguns se queixam disso. Não tenho nada contra o governador trazer novos aliados, mas não pode esquecer dos antigos. Porque os antigos estão no projeto desde o princípio e devem ter um tratamento melhor do que quem está chegando agora, concorda? Quem está chegando agora não pode exigir o mesmo tratamento, até porque não votou em Jerônimo em 2022. Que vote primeiro, em 2026.

O senhor acredita que vai haver uma renovação grande na Assembleia Legislativa nas próximas eleições? Muitos ex-prefeitos estão chegando fortes na disputa...

Acho que vai, sim, ter uma renovação. Tem muito ex-prefeito gastando R$15 milhões para se eleger deputado desde já. E o pior é que não é dinheiro deles não, é público, das prefeituras. Eles colocaram lá um sucessor que só obedece e, na prática, mandam e desmandam nas prefeituras. Usam descaradamente a máquina. Colocaram um fantoche. Alguns sequer mudaram o secretariado quando assumiram e trabalham exclusivamente para eleger o antecessor deputado. Não vou citar nomes, mas todo mundo na Bahia sabe que isso está acontecendo. E o povo precisa ficar atento.

Há especulações de que o senhor não vai disputar a reeleição, ganhará uma das vagas abertas em um dos tribunais de contas e apoiará a esposa para uma cadeira na Assembleia. É verdade?

Eu já disse que a política é dinâmica. Nada está descartado. Aliás, uma coisa está descartada: não serei candidato a deputado federal. Vou ficar na Bahia. Sobre vaga em tribunal, isso é uma decisão do governador, que também passa pelo meu partido, pela Assembleia, pelos deputados que irão votar pela aprovação ou não. Nunca fui convidado para nenhuma dessas vagas que estão abertas. Só posso falar sobre isso se houver um convite, entendeu? Minha esposa Denise foi candidata a prefeita de Campo Formoso em 2024. Ou seja, ela tem esse desejo também de servir o nosso município e a Bahia de uma forma geral. Mas se isso será agora ou não, temos que aguardar as conjunturas. Como dizia Maquiavel, “os tempos mudam, e os homens devem mudar com eles”. A política segue esse mesmo princípio. É feita de momentos, circunstâncias e decisões que precisam ser tomadas com serenidade e responsabilidade no momento certo.
<h2>“Tem deputado (federal) aí que gasta, nos quatro anos, R$300 milhões em emendas. Isso é um desvio total da função parlamentar. Aí tem compra de voto, de apoio político e corrupção.”</h2>
A Operação Overclen, da Polícia Federal, que investiga a prática de corrupção na destinação de emendas parlamentares no interior da Bahia, está no encalço de um adversário do senhor, o deputado federal Elmar Nascimento (União), também de Campo Formoso. Como o senhor avalia esse cenário e o impacto dessas investigações na política baiana?

Eu não quero nominar ninguém. Não fico feliz com isso. É muito triste o que está acontecendo com o Brasil. A maioria dos deputados federais não está nem aí para o país e só defendem os próprios interesses. É muita maracutaia com essas emendas, e as coisas estão aparecendo, mas é preciso que haja punição, cadeia. Somente em 2025 os deputados terão, no total, mais de R$50 bilhões para gastar com emendas. Tem deputado aí que gasta, nos quatro anos, R$300 milhões em emendas. Isso é um desvio total da função parlamentar. Aí tem compra de voto, de apoio político e corrupção, como a Polícia Federal, o Judiciário e o Ministério Público estão revelando. E o mais triste é que não há expectativa de renovação da Câmara. Afinal, quem não está lá dentro não tem como competir com isso, não é mesmo? Mesmo deputado envolvido com corrupção e que vota contra a taxação das bets, das fintechs, como aconteceu outro dia só para prejudicar o governo, é reeleito. A politica em Brasília virou um grande balcão de negócios. Ninguém está nem aí para o povo.

O senhor se refere à Medida Provisória (MP) do IOF. O Planalto exonerou aliados de deputados que votaram contra a proposta, inclusive na Bahia, tirando arrecadação do governo em 2026. Acha que isso demorou de acontecer, sobretudo com os parlamentares do União Brasil ligados a ACM Neto?

Não acho que demorou. Acho que o governo sempre tem a esperança de poder negociar no Congresso a aprovação de matérias de interesse do governo. A gente sabe que o presidente Lula não foi eleito com uma boa base na Câmara. Então, precisou negociar. Esperava que esses deputados que têm cargos retribuíssem, ajudassem o governo. Agora, já perto da eleição, viu que isso não ocorreu com todos e começou a tirar essas pessoas.

23 10 25 Prefeitura Encosta Rua Irmã Dulce Águas Claras Fotos Valter Pontes Secom Pms (2)

Em entrevista &agrave; imprensa durante a assinatura da ordem de servi&ccedil;o para a constru&ccedil;&atilde;o de encostas em &Aacute;guas Claras, nesta quinta-feira (23), o prefeito de Salvador, Bruno Reis (Uni&atilde;o Brasil), rebateu as cr&iacute;ticas da bancada de oposi&ccedil;&atilde;o na C&acirc;mara Municipal (CMS) sobre possibilidade de sombreamento das praias da capital baiana.
&ldquo;Em rela&ccedil;&atilde;o aos terrenos de preamar, tem terrenos que est&atilde;o na beira da areia, que ser&atilde;o constru&iacute;dos, e aqui tem uma s&eacute;rie de crit&eacute;rios. As constru&ccedil;&otilde;es que est&atilde;o no terreno de preamar, no fundo do terreno e que n&atilde;o geram sombreamento, n&atilde;o podem ter o mesmo crit&eacute;rio que esses que est&atilde;o pr&oacute;ximos &agrave; faixa de areia. Ent&atilde;o, n&oacute;s alteramos isso, garantindo que n&atilde;o teria sombreamento&rdquo;, afirmou o alcaide. Ainda de acordo com o chefe do Pal&aacute;cio Thom&eacute; de Souza a altera&ccedil;&atilde;o na Lei de Ordenamento do Uso e da Ocupa&ccedil;&atilde;o do Solo (LOUOS) tem o objetivo de viabilizar um novo projeto da prefeitura: a revitaliza&ccedil;&atilde;o do Centro Hist&oacute;rico de Salvador, com a transforma&ccedil;&atilde;o de casar&otilde;es antigos em resid&ecirc;ncias para servidores p&uacute;blicos.
&ldquo;A gente est&aacute; fazendo um conjunto de investimentos no Centro Hist&oacute;rico, para transformar aqueles pr&eacute;dios antigos em habita&ccedil;&otilde;es. A prefeitura tem um projeto especial para servidores. Com isso, precisavam ser feitas algumas altera&ccedil;&otilde;es, tipo n&uacute;mero de vagas de garagem, que n&atilde;o t&ecirc;m, mas que s&atilde;o exig&ecirc;ncias; e janelas e escadas de emerg&ecirc;ncia, que &eacute; uma exig&ecirc;ncia hoje que n&atilde;o d&aacute; para aqueles pr&eacute;dios antigos assumirem&rdquo;, acrescentou.
Como exemplo destas mudan&ccedil;as, o chefe do Executivo soteropolitano citou as orlas de Amaralina e da Pituba, que, de acordo com ele, estaria sofrendo com o abandono, devido &agrave;s dificuldades legais que o setor imobili&aacute;rio encontra para investir na regi&atilde;o.
&ldquo;[Salvador] s&oacute; tem a ganhar [com a altera&ccedil;&atilde;o da LOUOS]. A gente v&ecirc; &aacute;reas da cidade, do com&eacute;rcio antigo, que est&atilde;o degradadas, e &aacute;reas da faixa de orla, de terrenos que est&atilde;o na beira da preamar, que n&atilde;o geram sombreamento, que est&atilde;o abandonadas. A orla de Amaralina &eacute; um exemplo, a orla da Pituba, tem muitos pr&eacute;dios antigos, abandonados, casas em alguns casos desabando. O que a gente quer &eacute; estimular que possa ter constru&ccedil;&otilde;es nessas &aacute;reas, para que a cidade possa se desenvolver, crescer e, com isso, gerar emprego, renda e oportunidade para as pessoas&rdquo;, finalizou.

Geddel_Foto_Carine Andrade_PL

Apesar do governo n&atilde;o tem iniciado oficialmente as tratativas eleitorais para 2026 na Bahia, o ex-ministro Geddel Vieira Lima disse que j&aacute; s&atilde;o conhecidas das principais lideran&ccedil;as do PT na Bahia as pretens&otilde;es que o MDB tem para 2026.&nbsp;
Cacique hist&oacute;rico do partido, ele falou sobre o assunto com a imprensa nesta sexta-feira (24), durante a sess&atilde;o especial em que a Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) concedeu o T&iacute;tulo de Cidad&atilde;o Baiano ao ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho (MDB).
&ldquo;Primeiro que eu n&atilde;o gosto de comentar isso porque eu j&aacute; tenho experi&ecirc;ncia para n&atilde;o comentar especula&ccedil;&atilde;o nem burburinho. Eu converso sempre com o governador Jer&ocirc;nimo, com Wagner, com lideran&ccedil;as do PT, esse assunto n&atilde;o foi tratado, ele sabe o que o MDB pensa. Olha, eu n&atilde;o fa&ccedil;o pol&iacute;tica, evidentemente, botando faca no pesco&ccedil;o de ningu&eacute;m porque n&atilde;o gosto que botem faca no meu pesco&ccedil;o&rdquo;, disse Geddel, ao invocar a &ldquo;lealdade&rdquo; que ele diz haver por parte da legenda com o governador Jer&ocirc;nimo. &nbsp;
&ldquo;No momento oportuno, o partido tomar&aacute; uma posi&ccedil;&atilde;o, mas evidentemente j&aacute; foi dito a quem interessa que n&oacute;s tivemos um papel fundamental na elei&ccedil;&atilde;o de 2022, todos reconhecem, num momento de dificuldade. O vice-governador tem sido leal, o MDB tem sido extremamente leal e, portanto, n&atilde;o tem porque haver sequer especula&ccedil;&atilde;o da continuidade ou n&atilde;o do MDB na chapa. Eu tenho absoluta convic&ccedil;&atilde;o que a chapa &eacute; Jer&ocirc;nimo-Geraldo se repetir&aacute; e no que diz respeito a essa esse suposto imbr&oacute;glio no Senado, &eacute; ter paci&ecirc;ncia, calma, deixar que o tempo fa&ccedil;a sua parte, o bom senso vai prevalecer e eu tenho certeza que n&oacute;s vamos unificados para reeleger o governador Jer&ocirc;nimo&rdquo;.&nbsp;
O ex-ministro disse ainda que a ansiedade da classe pol&iacute;tica pelos encaminhamentos de forma&ccedil;&atilde;o da chapa majorit&aacute;ria se assemelham aos tra&ccedil;os de uma tens&atilde;o pr&eacute;-menstrual das mulheres.
&ldquo;As mulheres t&ecirc;m a chamada TPM, Tens&atilde;o Pr&eacute;-Menstrual, a pol&iacute;tica tem a TPE, Tens&atilde;o Pr&eacute;-Eleitoral, fica todo mundo nessa ansiedade, nessa agonia, querendo posi&ccedil;&atilde;o, comentando burburinho e agora com o advento da internet pior ainda, porque toda hora sai um boato na timeline, voc&ecirc; l&ecirc; ali daqui pouco n&atilde;o &eacute;. Eu tenho experi&ecirc;ncia suficiente para n&atilde;o ter ansiedade, no momento oportuno vai acontecer. O momento &eacute; de governar [&hellip;] temos no&ccedil;&atilde;o do nosso papel, da nossa for&ccedil;a e no momento oportuno isso vai ser tratado. Qual &eacute; o momento oportuno? A&iacute; eu acho que o governador Jer&ocirc;nimo, que &eacute; o cabe&ccedil;a de chapa, ele estabelecer&aacute; e n&oacute;s estamos prontos para conversar quando formos chamados. Mas posso adiantar a voc&ecirc;s que, em conversa com eles, eu no meu papel, as lideran&ccedil;as partid&aacute;rias do MDB j&aacute; manifestaram qual &eacute; o desejo do MDB, qual &eacute; a inten&ccedil;&atilde;o do MDB&rdquo;, completou.
Com informa&ccedil;&otilde;es da rep&oacute;rter Carine Andrade.

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O secret&aacute;rio de Rela&ccedil;&otilde;es Institucionais da Bahia, Adolpho Loyola, afirmou que o grupo do governador Jer&ocirc;nimo Rodrigues (PT) est&aacute; preparado para as elei&ccedil;&otilde;es de 2026 e n&atilde;o se preocupa com as indefini&ccedil;&otilde;es da oposi&ccedil;&atilde;o, especialmente sobre uma poss&iacute;vel desist&ecirc;ncia de ACM Neto (Uni&atilde;o Brasil) na disputa pelo governo do estado. A declara&ccedil;&atilde;o foi dada em entrevista nesta sexta-feira (24), no evento de concess&atilde;o do T&iacute;tulo de Cidad&atilde;o Baiano ao ministro das Cidades, Jader Filho, na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA).
Questionado sobre as especula&ccedil;&otilde;es em torno da candidatura de ACM Neto, que segundo petistas deve desistir de disputar o governo do Estado, Loyola respondeu que o foco do governo est&aacute; voltado para o fortalecimento do projeto pol&iacute;tico liderado pelo PT. &ldquo;N&oacute;s n&atilde;o escalamos time advers&aacute;rio, &eacute; um problema que eles t&ecirc;m l&aacute;. N&oacute;s estamos preparados para a elei&ccedil;&atilde;o do ano que vem. Temos a defini&ccedil;&atilde;o do nosso projeto de Bahia &mdash; esse projeto Lula presidente, Jer&ocirc;nimo governador &mdash;, e da&iacute; a gente fazer a nossa chapa de senadores e colocar essa chapa para a popula&ccedil;&atilde;o baiana&rdquo;, afirmou ao Pol&iacute;tica Livre.
O secret&aacute;rio tamb&eacute;m comentou as cr&iacute;ticas da oposi&ccedil;&atilde;o &agrave;s agendas do governador Jer&ocirc;nimo com prefeitos de diferentes partidos e destacou que o di&aacute;logo &eacute; uma marca da atual gest&atilde;o. &ldquo;&Eacute; um problema que eles n&atilde;o conseguem fazer conversas, n&atilde;o conseguem ter essa linha democr&aacute;tica. Esse &eacute; um crit&eacute;rio que para n&oacute;s &eacute; de natureza de forma&ccedil;&atilde;o pol&iacute;tica. Tanto o governador Jer&ocirc;nimo, que foi um governador que veio dos movimentos sociais, da forma&ccedil;&atilde;o dos movimentos sociais, do di&aacute;logo, a minha forma&ccedil;&atilde;o no movimento estudantil tamb&eacute;m de di&aacute;logo. Ent&atilde;o, n&oacute;s somos acostumados a isso, de ouvir, de ter autocr&iacute;tica dessas sugest&otilde;es, dessas lideran&ccedil;as, n&atilde;o s&oacute; de prefeitos, mas de vereadores, movimentos sociais. isso nos ajuda a governar melhor&tilde;, disse.
Com informa&ccedil;&otilde;es da rep&oacute;rter Carine Andrade.

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O ministro das Cidades, Jader Filho (MDB), defendeu nesta sexta-feira (24) que o seu partido siga unido ao presidente Luiz In&aacute;cio Lula da Silva (PT) nas elei&ccedil;&otilde;es de 2026. A declara&ccedil;&atilde;o foi feita durante a cerim&ocirc;nia em que o ministro recebeu o t&iacute;tulo de Cidad&atilde;o Baiano na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA).
Questionado sobre as diverg&ecirc;ncias internas no MDB &mdash; que, embora ocupe tr&ecirc;s minist&eacute;rios no governo federal, tem uma ala que defende candidatura pr&oacute;pria &agrave; Presid&ecirc;ncia &mdash;, Jader Filho destacou o car&aacute;ter democr&aacute;tico e federativo da legenda, mas afirmou que trabalhar&aacute; para garantir o apoio a Lula desde o primeiro turno.
&ldquo;Primeiro, quem conhece o MDB sabe que o MDB sempre foi um partido que respeitou as suas divis&otilde;es regionais. Historicamente, o MDB sempre teve, por um lado, l&iacute;deres &mdash; s&atilde;o l&iacute;deres regionais &mdash;, e, quando tem algum problema, a gente resolve de maneira democr&aacute;tica, no voto, nas conven&ccedil;&otilde;es. Eu, particularmente, sou daqueles do partido que advogam e vou lutar para que o MDB acompanhe o presidente Lula desde o primeiro turno&rdquo;, afirmou.
O ministro ressaltou a import&acirc;ncia das pol&iacute;ticas p&uacute;blicas implementadas pelo atual governo e citou programas retomados desde o in&iacute;cio do mandato de Lula. &ldquo;Acho que n&atilde;o faz sentido: o partido ter tr&ecirc;s minist&eacute;rios, como voc&ecirc; disse, e n&oacute;s n&atilde;o acompanharmos o presidente Lula, que tem feito um grande trabalho, n&atilde;o s&oacute; pela Bahia, mas por todo o Brasil. O Minha Casa, Minha Vida voltou, as obras de saneamento e o apoio &agrave;s prefeituras voltaram&rdquo;, disse.

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Filho da deputada estadual Maria del Carmen (PT), Andr&eacute; Fidalgo (PT) confirmou sua pr&eacute;-candidatura &agrave; Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) com a inten&ccedil;&atilde;o de suceder a m&atilde;e, que est&aacute; em seu terceiro mandato na Casa.&nbsp;
&ldquo;A hist&oacute;ria de Maria fala por si pr&oacute;pria. Maria teve condi&ccedil;&otilde;es efetivamente de marcar a hist&oacute;ria da Bahia como engenheira civil que n&atilde;o v&ecirc; asfalto, ela v&ecirc; mobilidade, ela n&atilde;o v&ecirc; concreto, ela v&ecirc; pra&ccedil;as e espa&ccedil;os de conviv&ecirc;ncia. Para minha m&atilde;e, habita&ccedil;&atilde;o &eacute; moradia. Isso fez dela um &iacute;cone nesse estado. A hist&oacute;ria de Maria &eacute; preservada e ela &eacute; insubstitu&iacute;vel. Agora n&oacute;s precisamos tamb&eacute;m dar nossa contribui&ccedil;&atilde;o. Por isso que o nosso grupo determinou que eu fizesse a pr&eacute;-campanha e eu sou pr&eacute;-candidato a deputado estadual&rdquo;, afirmou, em entrevista ao Pol&iacute;tica Livre.
Ele participou, nesta sexta-feira (24), da sess&atilde;o especial em que a Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) concedeu o T&iacute;tulo de Cidad&atilde;o Baiano ao ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, proposta por sua m&atilde;e, Maria del Carmen.&nbsp;
Com trajet&oacute;ria ligada &agrave; administra&ccedil;&atilde;o estadual desde 2009, Fidalgo iniciou sua atua&ccedil;&atilde;o na Secretaria de Justi&ccedil;a, Cidadania e Direitos Humanos, e desde 2013 integra os quadros da Desenbahia, institui&ccedil;&atilde;o de fomento do governo baiano.
Ele refor&ccedil;ou que sua trajet&oacute;ria &eacute; uma continuidade do trabalho iniciado por Maria del Carmen, mas com identidade pr&oacute;pria. &ldquo;A gente est&aacute; pronto para assumir essa tarefa, mas &eacute; muito importante dizer isso: a hist&oacute;ria de Maria continuar&aacute; na minha hist&oacute;ria, mas ela &eacute; totalmente insubstitu&iacute;vel&rdquo;, concluiu.
Com informa&ccedil;&otilde;es da rep&oacute;rter Carine Andrade.

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O senador Angelo Coronel (PSD) afirmou, na manh&atilde; desta sexta-feira (24), que n&atilde;o tem mantido qualquer di&aacute;logo pol&iacute;tico com o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (Uni&atilde;o Brasil) nem com o prefeito Bruno Reis, apesar da amizade com ambos. Segundo ele, o PSD continua integrando a base do governador Jer&ocirc;nimo Rodrigues (PT) e trabalha para manter essa alian&ccedil;a.
&ldquo;Em primeiro lugar, vamos corrigir a pergunta, n&eacute;? Voc&ecirc; falou meu poss&iacute;vel aliado. Eu n&atilde;o tenho tido conversas pol&iacute;ticas nenhuma com ACM Neto, nem com o Bruno Reis. Sou amigo pessoal dos dois, e continuo na base. O nosso partido, o PSD, &eacute; da base. Agora, evidentemente, se n&atilde;o quiserem o nosso partido, a gente sempre tem que buscar outras alternativas. Mas acreditamos e estamos torcendo para manter como est&aacute;&tilde;, disse ao Pol&iacute;tica Livre, ao chegar para a concess&atilde;o do &iacute;tulo de Cidad&atilde;o Baiano ao ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA).
Questionado sobre a sua perman&ecirc;ncia na chapa majorit&aacute;ria para o ano que vem, o senador afirmou: &ldquo;Passei a procura&ccedil;&atilde;o para o l&iacute;der Otto Alencar, que &eacute; o primeiro do partido, para poder resolver essa quest&atilde;o. Eu n&atilde;o vou me envolver diretamente.&rdquo;
Coronel tamb&eacute;m comentou a possibilidade de o PT tentar substituir o nome do PSD na disputa ao Senado. &ldquo;Olha, eu sempre digo que na pol&iacute;tica a gente nunca pode duvidar de desejos. Mas o desejo, para se concretizar e virar uma realidade, tem uma dist&acirc;ncia muito longa. O PT pode querer isso, mas caber&aacute; ao PSD manter a nossa posi&ccedil;&atilde;o. E eu n&atilde;o tenho d&uacute;vida de que a posi&ccedil;&atilde;o do PSD &eacute; em prol de ter a participa&ccedil;&atilde;o na chapa e com a indica&ccedil;&atilde;o do nosso nome.&rdquo;
Questionado sobre a mudan&ccedil;a de discurso de Rui Costa e Jaques Wagner em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; vaga do Senado, Coronel minimizou. &ldquo;Agora, eu acho que, para acabar com toda essa zanga, se der tempo, eu vou tentar propor um projeto de lei para abrir tr&ecirc;s vagas para o Senado, porque a&iacute; resolve o problema&tilde;, disse.
Com informa&ccedil;&otilde;es da rep&oacute;rter Carine Andrade.

Félix Mendonça Jr_Foto_Política Livre

O presidente do PDT da Bahia, deputado federal F&eacute;lix Mendon&ccedil;a J&uacute;nior, afirmou na noite desta quinta-feira (24) ao Pol&iacute;tica Livre que o partido continua comprometido em fortalecer a base do governador Jer&ocirc;nimo Rodrigues (PT), mas reiterou que a sigla n&atilde;o reivindicou cargos nem secretarias. A declara&ccedil;&atilde;o foi dada durante a Exposi&ccedil;&atilde;o Agropecu&aacute;ria de Santo Ant&ocirc;nio de Jesus (ExpoSaj), evento que reuniu diversas lideran&ccedil;as empresariais e pol&iacute;ticas do Estado.
Segundo F&eacute;lix, o di&aacute;logo com o governador e com os secret&aacute;rios estaduais tem ocorrido &ldquo;de forma madura e sem imposi&ccedil;&otilde;es&rdquo;. &ldquo;N&oacute;s n&atilde;o reivindicamos secretaria, nem indicamos cargos. Se houver convite, ser&aacute; para agregar ao governo e ajudar a Bahia, nunca para ocupar espa&ccedil;o pelo espa&ccedil;o&rdquo;, pontuou.
O pedetista tamb&eacute;m confirmou que o partido pretende abrir as portas para parlamentares com mandato, tanto estaduais quanto federais, interessados em ingressar na legenda para disputar as elei&ccedil;&otilde;es de 2026.
&ldquo;Muitos pol&iacute;ticos, com e sem mandato, t&ecirc;m nos procurado. Mas queremos pessoas que tenham identidade com o trabalhismo e com a defesa da educa&ccedil;&atilde;o. N&atilde;o &eacute; s&oacute; chegar e ocupar espa&ccedil;o&rdquo;, destacou. Ele reafirmou a prioridade do PDT em eleger quadros hist&oacute;ricos, a exemplo dos ex-prefeitos de Araci, Silva Neto, e de Euclides da Cunha, Luciano Pinheiro, postulantes &agrave; Assembleia Legislativa.
Sobre a sa&iacute;da de Ciro Gomes, principal lideran&ccedil;a nacional do PDT at&eacute; recentemente, F&eacute;lix afirmou que a decis&atilde;o j&aacute; era esperada e pode representar um novo ciclo para o partido. &ldquo;Ciro tem seus problemas locais no Cear&aacute;. Mas o PDT precisa se libertar de algumas amarras e crescer. Passamos por duas elei&ccedil;&otilde;es muito polarizadas, e o partido n&atilde;o cresceu. Agora, &eacute; hora de recome&ccedil;ar e buscar novos caminhos&rdquo;, salientou.

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Durante entrevista concedida na noite de ontem (23) ao Pol&iacute;tica Livre na ExpoSaj, em Santo Ant&ocirc;nio de Jesus, o deputado estadual Alan Sanches, do Uni&atilde;o Brasil, admitiu pela primeira vez que pode se filiar ao PL para disputar uma vaga na C&acirc;mara Federal em 2026, informa&ccedil;&atilde;o divulgada em primeira m&atilde;o pela coluna *Radar do Poder*.&nbsp;
&ldquo;&Eacute; uma possibilidade. As portas est&atilde;o abertas. Recebi o convite do ex-ministro Jo&atilde;o Roma (presidente do PL baiano). Eu constru&iacute; pontes ao longo da minha trajet&oacute;ria pol&iacute;tica, e o PL &eacute; um partido forte, com chances reais de eleger quatro deputados. Agora &eacute; fazer conta, ver o tamanho de cada um e apostar&rdquo;, declarou Alan.
O deputado pontuou que o PL tem condi&ccedil;&otilde;es de eleger quatro deputados federais pela Bahia - em 2022, foram tr&ecirc;s (Roberta Roma, Jonga Bacelar e Capit&atilde;o Alden). "Elei&ccedil;&atilde;o come&ccedil;a quando voc&ecirc; escolhe bem o partido&rdquo;, frisou.
Questionado sobre uma poss&iacute;vel ida para o PSDB, conforme chegou a ser especulado, Alan considerou ser menos prov&aacute;vel, j&aacute; que a sigla deve eleger apenas tr&ecirc;s deputados e j&aacute; conta com nomes consolidados.&nbsp;
&ldquo;Hoje n&oacute;s j&aacute; temos tr&ecirc;s candidatos fortes l&aacute;: o Carlos Muniz Filho, herdeiro do presidente da C&acirc;mara de Salvador, Carlos Muniz Filho; o vice-prefeito de Feira de Santana, Pablo Roberto; e o deputado Adolfo Viana, que vai para a reelei&ccedil;&atilde;o. Ent&atilde;o, n&atilde;o faria sentido eu ir para l&aacute;&rdquo;, explicou. Muniz Filho, no entanto, ainda n&atilde;o escolheu a sigla.&nbsp;
Sobre as especula&ccedil;&otilde;es de que o PSDB pode apoiar o governador Jer&ocirc;nimo Rodrigues (PT) na tentativa de reelei&ccedil;&atilde;o, Alan minimizou: &ldquo;O cora&ccedil;&atilde;o de Carlos Muniz &eacute; de ACM Neto, mas &agrave;s vezes o cora&ccedil;&atilde;o n&atilde;o decide sozinho o rumo que a gente toma. Ainda assim, acredito que o prefeito Bruno Reis (Uni&atilde;o) e Neto v&atilde;o conseguir manter o PSDB conosco, at&eacute; porque Adolfo Viana tamb&eacute;m tem todo o interesse em continuar na base da oposi&ccedil;&atilde;o&rdquo;.
Fiel aliado de ACM Neto, Alan Sanches reafirmou que sua caminhada pol&iacute;tica seguir&aacute; ao lado do ex-prefeito de Salvador. &ldquo;Caminho com ele h&aacute; 12 anos, e me sinto preparado para dar um novo passo. Mas &eacute; uma constru&ccedil;&atilde;o que exige muito trabalho e serenidade&rdquo;, completou.

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O empres&aacute;rio Ditinho Avivip, de Santo Ant&ocirc;nio de Jesus, apontado como um dos pr&eacute;-candidatos a deputado estadual mais competitivos da Bahia que n&atilde;o tem mandato, minimizou a import&acirc;ncia da estrat&eacute;gia do governador Jer&ocirc;nimo Rodrigues (PT) de atrair prefeitos da oposi&ccedil;&atilde;o para sua base pol&iacute;tica. Em entrevista ao Pol&iacute;tica Livre durante a ExpoSAJ, ele afirmou que &ldquo;prefeito n&atilde;o carrega voto&rdquo;, salvo na disputa proporcional, e que o peso decisivo em qualquer pleito est&aacute; na vontade popular.
&ldquo;O que muda governo, o que muda presidente &eacute; a voz popular. Prefeito n&atilde;o domina voto. Um governador d&aacute; voto a prefeito, um presidente d&aacute; voto a governador, mas prefeito n&atilde;o d&aacute; voto a governador&rdquo;, disse Ditinho, acrescentando que quem mais depende dos gestores municipais s&atilde;o os candidatos a deputado, &ldquo;porque precisam de estrutura local&rdquo;.
Sobre seu futuro partid&aacute;rio, o empres&aacute;rio adiantou que est&aacute; praticamente definido. &ldquo;Estou 99% certo de que vou para o Uni&atilde;o Brasil. Nunca tive medo de desafios. Quem briga com os grandes fica grande tamb&eacute;m&rdquo;, frisou.
Ditinho revelou ainda ter apoio de seis prefeitos e vereadores em cerca de 40 munic&iacute;pios, al&eacute;m de alian&ccedil;as com lideran&ccedil;as estaduais, e reafirmou fidelidade ao ex-prefeito ACM Neto (Uni&atilde;o), ressaltando que, se o l&iacute;der oposicionista n&atilde;o disputar o governo em 2026, tamb&eacute;m n&atilde;o ser&aacute; candidato.

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O prefeito de Santo Ant&ocirc;nio de Jesus, Genival Deolino, do PSDB, descartou a possibilidade de o partido dele baiano apoiar a reelei&ccedil;&atilde;o do governador Jer&ocirc;nimo Rodrigues (PT) em 2026. Em entrevista ao Pol&iacute;tica Livre na noite desta quinta-feira (23), durante a Exposi&ccedil;&atilde;o Agropecu&aacute;ria (ExpoSaj) do munic&iacute;pio, o tucano reafirmou que seguir&aacute; ao lado do l&iacute;der da oposi&ccedil;&atilde;o baiana, ACM Neto (Uni&atilde;o), no pleito de 2026, embora defenda uma rela&ccedil;&atilde;o institucional respeitosa com Pal&aacute;cio de Ondina.
&ldquo;De jeito nenhum (apoiar Jer&ocirc;nimo) A gente, principalmente no meu caso, &eacute; muito liberal. Tenho um bom relacionamento com o governo, mas isso n&atilde;o significa estar com ele politicamente. Elei&ccedil;&atilde;o &eacute; diferente&rdquo;, afirmou o gestor. &ldquo;Com certeza, Santo Ant&ocirc;nio de Jesus vai marchar com Neto&rdquo;, completou.
Genival tamb&eacute;m comentou que o governador foi convidado oficialmente para participar da ExpoSaj, aberta ontem e que segue at&eacute; domingo (26), no Espa&ccedil;o S&atilde;o Jo&atilde;o, no Centro da cidade. &ldquo;Convidei o governador e falei com o assessor dele. Se ele vier, ser&aacute; muito bem-vindo&rdquo;, disse. ACM Neto tamb&eacute;m foi convidado, mas n&atilde;o compareceu por estar em uma viagem &agrave; China.&nbsp;
O prefeito da "capital do Rec&ocirc;ncavo" destacou ainda o sucesso da exposi&ccedil;&atilde;o, que re&uacute;ne mais de cem expositores e movimenta a economia local. &ldquo;Estou muito feliz em ver a pujan&ccedil;a da cidade e o empenho dos empres&aacute;rios que acreditaram no evento. Os estandes est&atilde;o cheios, os corredores lotados e Santo Ant&ocirc;nio de Jesus mostra sua for&ccedil;a e capacidade de crescimento&rdquo;, celebrou.

Protagonismo justo

Começou a incomodar o governo<a href="https://politicalivre.com.br/2025/10/lidice-da-mata-articula-ofensiva-para-ampliar-influencia-do-psb-na-bahia-a-partir-de-2026/#gsc.tab=0"> a tentativa da deputada federal Lídice da Mata e do secretário Ângelo Almeida (Desenvolvimento Econômico) de assumirem o protagonismo na negociação para atrair os deputados estaduais hoje no PP para o PSB</a>. Ainda que ache que Lídice não age por 'mal', o time do governador Jerônimo Rodrigues (PT) acredita que ela e o secretário fariam melhor se evitassem falar sobre o assunto, produzindo marolas que podem afetar o processo.

<img class="alignnone size-medium wp-image-1182016" src="https://politicalivre.com.br/wp-content/uploads/2025/10/lidice-da-mata_renato-araujo_camara-dos-deputados-345x230.jpg" alt="" width="345" height="230" />

Operação

Ao operar a acomodação da base com vistas a 2026, Jerônimo deixa claro como entende as articulações para o futuro, lista os aliados preferenciais com os quais vai se armar para a disputa e exibe o time de frente com que pretende tocar a política até as eleições. Dele fazem parte, naturalmente, o secretário Adolfo Loyola (Relações Institucionais), cuja importância vem crescendo a olhos vistos na cena política governista.

Dedo do bruxo

As articulações envolvendo o PSB passam também pelo senador Jaques Wagner (PT), que não perde a autoridade para impor suas decisões quando acha conveniente, mas entra em campo sempre com o objetivo de harmonizar as relações no grupo. O “bruxo” também vem estimulando a filiação dos deputados estaduais do PP à sigla com o aval de Jerônimo. O objetivo seria minar o crescimento do Avante, legenda controlada indiretamente por Rui Costa (PT).

[caption id="attachment_1171293" align="alignnone" width="346"]<img class="size-medium wp-image-1171293" src="https://politicalivre.com.br/wp-content/uploads/2025/08/WhatsApp-Image-2025-08-14-at-11.19.42-346x230.jpeg" alt="" width="346" height="230" /> Foto: Rafael Nunes/Divulgação[/caption]

Terceira força

Presidente nacional do PSB, João Campos, que é prefeito de Recife (PE), deverá vir a Salvador até o final deste ano para um encontro com Jerônimo, do qual Lídice participará, visando justamente tratar das novas filiações à sigla socialista. O plano é que a agremiação eleja em 2026 mais deputados estaduais e federais do que o Avante, que recentemente capturou no campo socialista o ex-prefeito de Irecê Elmo Vaz, pré-candidato a uma cadeira na Câmara.

De oposição

Das três candidaturas colocadas ao comando do TJ - este site e a coluna sempre viram viabilidade apenas em duas -, uma delas subiu definitivamente no telhado, pelo menos aos olhos do governo, depois de um evento montado para Jerônimo tratar ontem do Bahia pela Paz. No encontro, foram todos surpreendidos pela inconveniência da investida política e ainda mais pelas críticas à segurança. O oposicionismo ficou claro para o governador.

Assistência

Salvador passará a ter dois chefes da Assistência Militar: um para o prefeito Bruno Reis (União), função exercida hoje pelo coronel Sérgio Murilo Santos Silva, e outro, que é a novidade, para a vice Ana Paula Matos (PDT), também secretária municipal de Cultura e Turismo. Segundo apurou a coluna, o novo cargo será ocupado pelo atual chefe de ordens do chefe do Executivo municipal, o major Renilton Dourado, que está na função desde a gestão de ACM Neto (União).

Prestígio em alta

A mudança, que reforça o prestígio de Ana Paula junto ao prefeito, estava embutida em um projeto de lei do Executivo aprovado na Câmara de Vereadores na semana passada, que ampliou as funções do Serviço Social Autônomo – estrutura criada na última reforma administrativa de Bruno Reis e que, como já revelou o Política Livre (<a href="https://politicalivre.com.br/2025/08/bruno-reis-envia-a-camara-projeto-que-garante-criacao-de-estrutura-a-ser-comandada-por-esposa-de-leo-prates/#gsc.tab=0">clique aqui para ler</a>), será capitaneado pela sanitarista Ana Paula Pitanga, esposa do deputado federal Leo Prates (PDT).

Dívida de gratidão

O prefeito de Jequié, Zé Cocá (PP), provocou ciúme no deputado federal Leur Lomanto Júnior (União) ao dizer que fará de tudo para ajudar o amigo Cacá Leão (PP), secretário de Governo de Bruno Reis, a retornar a Brasília nas eleições do ano que vem. A declaração foi dada esta semana, em Salvador, durante um evento da União dos Municípios da Bahia. Leur foi apoiado por Cocá em 2022, assim como João Leão (PP), pai do secretário e também congressista.

<img class="alignnone size-medium wp-image-1077703" src="https://politicalivre.com.br/wp-content/uploads/2024/02/WhatsApp-Image-2024-02-21-at-10.34.43-317x230.jpeg" alt="" width="317" height="230" />

Federais de Neto

Aliás, Cocá já deixou claro que, mesmo se migrar para a base do governador Jerônimo Rodrigues (PT), não deixará de caminhar ao lado dos postulantes à Câmara Federal aliados de ACM Neto, justamente Leur Lomanto e Cacá Leão. Os dois parlamentares são parceiros antigos do prefeito, assim como o deputado estadual Hassan Iossef (PP), este da base do Palácio de Ondina desde o início de 2023, após uma mudança de lado.

Carregador de mala

Desafetos do ex-ministro João Roma (PL) dizem que ele voltou a atuar não como candidato a uma vaga na chapa majoritária de ACM Neto em 2026, mas sim como assessor do ex-prefeito de Salvador, cargo que ocupou no Palácio Thomé de Souza sob estilo reconhecidamente adulador. “Pensando no próprio futuro e no da esposa (a deputada federa Roberta Roma, do mesmo partido), só falta Roma voltar a carregar as malas de Neto”, observou um deles.

Pitacos

* Questionada ontem (21) pelo Política Livre sobre o futuro político e ainda se tem planos de disputar um cargo majoritário, a presidente da Assembleia, Ivana Bastos (PSD), foi direta e, ao mesmo tempo, filosófica: “O céu é o limite”.

<img class="alignnone size-medium wp-image-1145175" src="https://politicalivre.com.br/wp-content/uploads/2025/03/ivana-bastos_agencia-alba-345x230.jpg" alt="" width="345" height="230" />

* Depois de anunciar que homenagearia o ex-deputado federal Jutahy Júnior (PSDB) com a Comenda Dois de Julho, o deputado estadual Sandro Régis (União) foi obrigado a retirar o projeto de resolução, pelo menos por enquanto.

* Régis foi informado pela Mesa Diretora da Assembleia que já excedeu o limite de honrarias entregues por ele em 2025. Ou seja, terá que apresentar novamente o projeto só em 2026.

* Um dos coordenadores políticos de ACM Neto, o ex-prefeito de Xique-Xique Reinaldo Braga Filho informou à coluna que decidirá em dezembro deste ano se será candidato a deputado estadual. “Estou no momento muito focado na pré-campanha de Neto para o governo”, revelou.

* Em reunião da executiva nacional do PL, o presidente Valdemar da Costa Neto afirmou que o compromisso de eleger Kátia Bacelar a deputada estadual na Bahia é seu e não do irmão dela, o deputado federal Jonguinha. 

* Ele é grato pelo apoio que Kátia deu à estruturação do partido na Bahia quando ninguém acreditava que cresceria.

<img class="alignnone size-medium wp-image-594629" src="https://politicalivre.com.br/wp-content/uploads/2016/08/katia_bacelar1-193x166.jpg" alt="" width="193" height="166" />

* Depois de ter passado um período em meditação cabalística, pelo que se diz, com certa desconfiança, no governo, o vice Geraldo Jr. (MDB) voltou a alimentar o sonho de concorrer a deputado federal. Alega, com a sem-noção habitual, que é o caminho para sobreviver.

* O governo não vai deixar barato a viagem de ACM Neto à China. As críticas dirigidas a ele por deputados da base por conta do empreendimento fazem parte apenas da primeira ofensiva contra o líder oposicionista. Outras estão programadas, dizem eles.

<img class="alignnone size-medium wp-image-1178344" src="https://politicalivre.com.br/wp-content/uploads/2025/09/acm-neto-e-zhu-qingqiao_divulgacao-345x230.jpg" alt="" width="345" height="230" />

* Se Neto perder a disputa ao governo no ano que vem e resolver se candidatar à Prefeitura em 2028, vai enfrentar Rui Costa no pleito. A promessa foi feita pelo ministro a petistas em Brasília e atenderia a uma desejo antigo dele de concorrer ao comando da capital baiana.

* Aos amigos, que não são poucos, o senador Angelo Coronel (PSD) não descarta disputar a reeleição ao lado ex-prefeito de Salvador. Sem fazer espuma, argumenta que tudo dependerá do grau de interesse da cúpula petista em mantê-lo na chapa.

* Para aqueles que o questionam mais de perto, o senador do PSD apresenta um argumento quando lhe questionam sobre qual é seu trunfo para estar tão seguro quanto à permanência na chapa petista. Entre os prefeitos, ele faz mais sucesso do que Wagner e Rui.

* O governador de São Paulo, Tarcisio de Freiras (Republicanos), ainda não deixou de dizer a alguns que é candidato a presidente em 2026, levando aqueles que gostariam de vê-lo no páreo a concluírem que aprendeu a falar ao interlocutor o que ele deseja ouvir.

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