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Mercosul mira expansão de acordos e inicia negociação de comércio preferencial com Vietnã

Mercosul mira expansão de acordos e inicia negociação de comércio preferencial com Vietnã

Lula diz que bloco continuará trabalhando com outros parceiros em meio à impasse com União Europeia

Por Nathalia Garcia/Folhapress

20/12/2025 às 14:30

Atualizado em 20/12/2025 às 17:25

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Imagem de Mercosul mira expansão de acordos e inicia negociação de comércio preferencial com Vietnã

Fotografia oficial dos presidentes e chefes de delegação do Mercosul e dos estados associados

O Mercosul anunciou neste sábado (20), na cúpula em Foz do Iguaçu (PR), que vai iniciar a negociação de um acordo de comércio preferencial com o Vietnã. A decisão faz parte da estratégia do bloco sul-americano de expandir e diversificar suas parcerias comerciais.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o Mercosul continuará trabalhando com outros parceiros em meio à arrastada negociação com a União Europeia, que teve a assinatura do acordo de livre comércio adiada para o próximo ano.

Seis homens de terno, alinhados de mãos dadas, posam em frente às Cataratas do Iguaçu em dia ensolarado. A queda d'água e a vegetação ao fundo destacam o cenário natural.

"Neste semestre, demos início à discussão sobre a ampliação do acordo com a Índia. Retomamos as tratativas com o Canadá e avançamos nas negociações com os Emirados Árabes Unidos. Adotamos marcos para negociar uma parceria estratégica com o Japão e um acordo de preferências tarifárias com o Vietnã", disse Lula.

"Na região, esperamos progredir rapidamente na negociação de um acordo com o Panamá. Precisamos ainda atualizar os acordos com outros países sul-americanos, como Colômbia e Equador. O comércio intrarregional na América do Sul está muito aquém de seu potencial", acrescentou.

Aos líderes sul-americanos, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, apresentou o resultado do trabalho da presidência brasileira para abrir novas frentes negociadoras, destacando o Vietnã como importante parceiro econômico para o Mercosul.

"Assinamos nesta cúpula declaração conjunta para o lançamento das negociações de acordo de comércio preferencial com o Vietnã, o que aumentará o acesso do Mercosul a essa importante economia do Sudeste Asiático", afirmou.

À reportagem um auxiliar do governo brasileiro afirmou, sob condição de anonimato, que uma possível avalanche de produtos asiáticos em um futuro acordo com o Vietnã é motivo de preocupação e que, por isso, a ideia é firmar com o país um pacto de comércio preferencial, em vez de um tratado de livre comércio.

O chanceler brasileiro disse também que o Mercosul iniciou tratativas para expansão do acordo de comércio preferencial com a Índia e também buscou avançar no diálogo com o Japão.

"É com satisfação que celebro a adoção do texto do marco de parceria estratégica entre o Mercosul e o Japão, que abre margem para nossas equipes discutirem um futuro acordo de livre comércio", disse Vieira.

Ele afirmou ainda que a presidência brasileira pediu esforços para a conclusão das negociações do acordo entre o Mercosul e os Emirados Árabes, que foram lançadas em 2024. "Seguimos empenhados em fechar um pacote final o mais breve possível", disse.

O ministro destacou também o relançamento das negociações com o Canadá. Segundo ele, a expectativa de ambas as partes é que as tratativas terminem em 2026. Falou ainda da assinatura do acordo com o Efta (Associação Europeia de Livre Comércio)—bloco formado por Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein– e mencionou a expectativa em torno do acordo com a União Europa.

"Esperamos poder assinar o acordo com a União Europeia após mais de duas décadas de negociação. Com ambos [Efta e União Europeia], esperamos não só ganhar acesso facilitado ao vasto mercado europeu, mas também integrar nossas empresas às cadeias europeias de valor e atrair importantes fluxos de investimentos daqui ao continente", disse.

A cúpula em Foz do Iguaçu, que encerra a presidência rotativa brasileira no bloco, contou com a presença dos presidentes da Argentina, Javier Milei, do Paraguai, Santiago Peña, e do Uruguai, Yamandú Orsi.

Recém-empossado, o presidente da Bolívia, Rodrigo Paz, não compareceu ao evento e foi representado pelo chanceler Fernando Aramayo Carrasco. Por outro lado, participou também o presidente do Panamá, José Raúl Mulino –o país formalizou no fim de 2024 sua entrada como membro associado no bloco sul-americano.

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