Luiz Eduardo Romano
O ano é o de 2025, mas, para a política da Bahia, já é 2026
03/09/2025 às 15:26
Atualizado em 03/09/2025 às 15:26
O ano em curso ainda é o de 2025, mas as forças políticas baianas, em sua maioria, já projetam seus olhares e horizontes para o ano que vem, pois será em outubro de 2026 que milhões de cidadãs e cidadãos irão se reencontrar com as urnas eletrônicas para escolher seus representantes públicos.
Ao que parece, a tendência para a disputa ao Governo da Bahia é a reedição do duelo, o primeiro ocorrido em 2022, entre o governador Jerônimo Rodrigues, do PT, possível – e bem provável - candidato a mais um mandato, e o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, do União Brasil, segundo candidato no último pleito, cuja legenda anunciou uma federação partidária com o Progressistas.
João Roma, ex-ministro da Cidadania no Governo de Jair Bolsonaro, também inseriu o seu nome como pré-candidato do PL ao Palácio de Ondina, enquanto o ex-deputado José Carlos Aleluia, atualmente filiado ao partido Novo, voltou dos bastidores da política e colocou-se à disposição para também concorrer ao cargo de governador.
Cogita-se ainda que o PSOL lance um nome ao Executivo Estadual, vislumbrando-se publicamente o nome de Kleber Rosa para a disputa, o qual foi o segundo colocado, nas eleições de 2024, no âmbito da disputa à Prefeitura Municipal de Salvador/BA, quando Bruno Reis (UB) se reelegeu no primeiro turno.
Pesquisas de intenções de voto já estão sendo divulgadas, essas que não serão por nós exploradas nesta oportunidade em razão de não haver, ao menos por enquanto, a definição das candidaturas e, também, por faltar mais de um ano para a data das eleições do ano que vem.
Fato é que o cenário nacional, também indefinido no momento, tende a influenciar na escolha para o Governo da Bahia, não apenas na formação de alianças políticas e partidárias para a disputa regional, mas, também, na hora do eleitor ir à seção eleitoral e decidir o seu voto.
Outra disputa que merecerá ávidos olhares diz respeito ao Senado Federal, quando haverá duas vagas a serem preenchidas pelo eleitorado, visto que se discute, no tabuleiro político baiano, quais nomes vão compor a chapa majoritária governista, a qual deverá ser liderada pelo atual governador Jerônimo Rodrigues, possível candidato à recondução.
Isso porque dois medalhões petistas colocam-se como disponíveis para encarar a concorrência ao Senado da República, notadamente o senador Jaques Wagner, que já anunciou o desejo de concorrer à reeleição, e Rui Costa, ex-governador e atual Ministro-Chefe da Casa Civil.
Todavia, há o nome de Ângelo Coronel, do PSD, partido liderado pelo senador Otto Alencar na Bahia, que também pretende disputar mais um mandato de senador, conforme declarações públicas do referido parlamentar, que já vem se movimentando para garantir o seu lugar como candidato à Câmara Alta do Congresso Nacional.
Pela oposição, nomes como o dos deputados federais Adolfo Viana (PSDB) e Márcio Marinho (Republicanos), além do ex-deputado Marcelo Nilo (Republicanos), são lembrados para o Senado, assim como o de João Roma (PL), esse que, ao menos até então, se coloca como possível concorrente ao cargo de governador.
Evidente, portanto, que muita água ainda vai passar por baixo das pontes responsáveis por edificar a política na Bahia, pairando-se, por hora, apenas - e inúmeras - especulações, o que demonstra a necessidade de percepções atentas, sejam dos cidadãos, da imprensa, da sociedade civil, dentre outros, às movimentações do xadrez político-partidário no território baiano.
2026 promete!


